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Escrito por Paulo Pontes, é um dos mais importantes espetáculos teatrais escritos e montados no Brasil na década de 70, década esta que volta à moda em todo o mundo. Um painel romântico do Rio de Janeiro dos anos 50, na época capital do país, da boemia...como pano de fundo a vida e a música de Dolores Duran e Antonio Maria, e de suas andanças pelos becos e garrafas da cidade. Um retrato sensível de um Rio pré bossa nova e pré-64, que o texto satiriza com uma ternura temperada e com certa dose de impaciência e de compaixão. Escrito originalmente para a cantora Maysa, foi encenado pela primeira vez por Maria Bethânia e Ítalo Rossi, e chegou ao seu auge em 73 na emblemática montagem do Canecão (RJ) com Clara Nunes e Paulo Gracindo, até hoje recorde de público e temporada, permanecendo oito meses em cartaz com a casa absolutamente lotada. As duas montagens foram dirigidas por Bibi Ferreira, que conhece mais do que ninguém a "alma" do espetáculo.
"Brasileiro...", na poesia e na música, fala de esperança, a mais antiga e permanente profissão do brasileiro.